Cientista brasileiro estuda remédio promissor para tratar autismo

29 outubro 2013


O biólogo brasileiro Alysson Muotri, professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, relatou ter obtido resultados preliminares, mas promissores, em pesquisas com medicamentos para tratar efeitos do autismo em crianças.
Analisando os genes de pacientes e reprogramando células-tronco obtidas a partir de células comuns para que elas se tornem neurônios, o cientista e sua equipe têm estudado em laboratório drogas que ajudem a reduzir as limitações presentes em autistas.
Em uma das pesquisas, apresentada em congressos, mas ainda não publicada em revista científica, Muotri, que é colunista do G1, aponta ter encontrado vínculo entre mutações genéticas que prejudicam a formação de sinapses (ligações) dos neurônios e alterações causadas pelo autismo. O estudo com uma criança que apresenta uma forma específica de autismo apontou que ela tem um gene defeituoso que dificulta a entrada de cálcio nos neurônios, o que atrapalha a proliferação das sinapses
O medicamento que estimula o receptor de cálcio respondeu bem aos testes em laboratório e passou a ser administrado ao paciente diluído em chá, para avaliar os resultados. As primeiras observações, após um mês, mostram que a criança tem progredido em atenção e sociabilização. "Avaliamos através de questionários aplicados para os pais, professores, amigos da criança. Fizemos uma observação antes e depois da droga", aponta Muotri.Os pesquisadores retiraram células comuns da criança e fizeram com que elas voltassem a ser células-tronco. Depois, elas foram reprogramadas para se tornarem neurônios. Eles, então, testaram medicamentos para estimular em laboratório o bom funcionamento do gene. "Todo mundo tem duas cópias de cada gene. No caso desta criança, ela tem uma cópia que está mutada [sofreu mutação] e outra que é funcional. Achamos uma droga que estimula o gene ativo a ‘funcionar’ em dobro", disse Muotri, que é pós-doutor em neurociência e células-tronco pelo Instituto Salk de Pesquisas Biológicas, também na Califórnia.
"Os dados que obtivemos depois de um mês são promissores, eles mostram melhora na atenção e na sociabilidade da criança", relata o professor. "Não é tão significativo porque tivemos que dar uma dose pequena", pondera, mas a descoberta é importante. "Abre uma perspectiva que estamos chamando de medicina personalizada. Baseado no genoma da pessoa e em testes com células-tronco induzidas, pode ser possível definir qual a melhor droga e a melhor dose a ser usada em um indivíduo", diz.
O caso do autismo é singular porque há vários tipos de distúrbios, causados por situações e mutações distintas. "Dificilmente você vai encontrar uma droga que vale para todo mundo", avalia Muotri. Ele diz que o tratamento que está sendo proposto, o da medicina personalizada, é similar ao que ocorre com alguns tipos de câncer. "Você retira algumas células e vai testando, até encontrar o medicamento e a dose certa."
O pesquisador vem ao Brasil neste sábado (29) para dar uma palestra no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), às 14h. A apresentação será em torno do tema: "Remodelando Neurônios Autistas com Células-tronco", e será mediada pela pesquisadora Patrícia Beltrão Braga, da USP.
Cérebro maior
O grupo capitaneado por Muotri também está investindo em outra linha de pesquisa - analisar dez crianças autistas com quadro clínico parecido, de cérebro com tamanho maior do que o normal. Os pesquisadores estão estudando se estes pacientes têm características genéticas similares, como alguma mutação.
A hipótese dos cientistas é que, se as crianças têm um cérebro grande, é porque elas têm mais neurônios do que o necessário para sua idade - por algum motivo as células nervosas podem ter crescido descontroladamente. "Nós estamos pesquisando drogas que inibam o crescimento dessas células. A ideia é controlar o aumento, estamos fazendo testes em laboratório", diz Muotri.
A previsão do professor é que essa linha de pesquisa vai dar respostas mais rapidamente. "Proliferação celular é algo que é estudado há muito tempo", pondera. "Talvez dois anos para começar a ter resultados com drogas.”
A Associação Brasileira de Autismo, Comportamento e Intervenção do Distrito Federal - Abraci-DF promoveu na manhã deste domingo(16), no Parque da Cidade, em Brasília, o evento "Juntos Somos Mais". Os organizadores montaram um posto de informação para tira (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr )Atividade promovida pela Associação Brasileira de
Autismo, Comportamento e Intervenção do DF
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr )
Neurônios vivos
Um dos grandes problemas para entender o autismo é conseguir obter neurônios vivos, ressalta Muotri. "Muitas vezes são usados tecidos de autistas mortos, analisados depois que um paciente morre." Mas o avanço de pesquisas em células-tronco pluripotentes induzidas (conhecidas como células iPS, em inglês) está abrindo um novo caminho no estudo do autismo, diz o professor.
"A ideia é pegar células do paciente - cabelo, pele, polpa do dente - e fazer com que elas voltem a ser células-tronco. Então você as induz a se tornarem neurônios", explica o cientista. Pesquisas recentes apontam que o cérebro dos autistas, em geral, realiza menos sinapses (ligações entre neurônios para transmissão de informações), o que está sendo explorado nas pesquisas científicas.
"Começamos a testar medicamentos para elevar o número de sinapses, e alguns deles têm funcionado. Drogas como o fator de crescimento insulínico [IGF-1, na sigla em inglês]", diz Muotri. Um dos problemas do IGF-1 é que é uma proteína muito grande, que não consegue ser bem absorvida pelas camadas mais externas do cérebro. Moléculas menores estão em estudo, afirma o professor.
A novidade dos pesquisadores é que os testes com estas drogas até agora estavam restritos ao laboratório, e vão começar a ser aplicados em pacientes em breve. "A fase clínica de toxicidade já foi aprovada para alguns grupos que estão estudando crianças autistas. A ideia agora é testar em um número maior de crianças, para saber se, com seis meses a um ano de tratamento, elas estão melhores em diferentes aspectos, como respiração, ansiedade", informa Muotri.

texto interessante

23 outubro 2013



"Criticar pessoas, provocá-las, fazê-las de bobas ou enganá-las não faz pessoas com autismo rirem. O que nos faz sorrir por dentro é ver algo bonito, ou uma memória que nos faz rir. Isso geralmente acontece quando não tem ninguém nos vigiando. E à noite, sozinhos, nós damos risada debaixo do cobertor, ou caímos na gargalhada num quarto vazio... quando não precisamos pensar em outras pessoas ou em qualquer outra coisa, esta é a hora em que usamos nossas expressões naturais."

- Naoki Higashida, japonês, aos 13 anos quando escreveu este livro:
The Reason I Jump: The Inner Voice of a Thirteen Year Old Boy with Autism

Naoki escreve apontando caracteres numa tabela. Também é capaz de escrever no computador, mas acha muito distrativo. Neste livro, conta com uma incrível clareza como é viver com uma mente diferente. Revela-se bastante empático. Sobre pessoas que dizem que autistas gostam de ficar sozinhos, conta: "Quando ouço alguém dizendo o quanto eu prefiro ficar sozinho, isso me faz sentir desesperadamente solitário."

E quando perguntam por que parece que ele ignora as pessoas, ele diz que não nota que estão falando com ele se não usarem seu nome: "sinto-me culpado, não posso nem mesmo me desculpar [por causa das dificuldades linguísticas], então fico muito triste por não conseguir dar conta de uma relação humana adequada".

O exemplo de Naoki mostra que muitas pessoas autistas são ignoradas e tratadas como incapazes apenas por não conseguirem organizar um discurso articulado. Como na história de Jean-Dominique Bauby em "O escafandro e a borboleta", possuem uma mente saudável, racional e empática limitada por circunstâncias que fogem a seu controle.

Pensar que muitos como Naoki existem por aí mas não têm a sorte de receberem educação especial para ajudá-los a se expressar é imensamente preocupante.
fonte aqui

o AUTISMO DA NOVELA DAS 9:00

11 outubro 2013


A cada dia me surpreendo com o rumo que a personagem da atriz 

Bruna Linzmeyer ta tomando na novela Amor a vida.

No começo tava achando muito legal as cenas que por sinal a personagem lembra muito o jeitinho da minha pequena khadija.
Acho muito legal esse assunto ser abordado ,mas será que a forma que está sendo mostrado corresponde a realidade que nossos filhos vivem?
As cenas de birras,e movimentos que a Linda faz são maravilhosos,a atriz está sendo maravilhosa interpretando uma mocinha AUTISTA.
Mas o problema que tenho percebido é a questão dela ter tido um tratamento tardio e mesmo assim está evoluindo rapidamente a cada segundo....
O mais engraçado foi essa questão agora de um suposto NAMORO....
não sou preconceituosa ,mas falando de autismo severo... é meio complicado né?
Infelizmente a rede globo poderia explorar bastante esse universo e mostrar as pessoas nossa verdadeira realidade...
Como nossos filhos se comportam em lugares com muita gente,momentos de violência ,ou até fazer xixi na roupa em algum lugar público...
Infelizmente muitos pais que conheço que acabaram de receber um diagnóstico de AUTISMO ,estão se inspirando na Linda e me falam,minha filha vai ficar BOA DE AUTISMO...
Eu acho que deveriam ser mais realistas...mas em se tratando da rede globo e suas novelas acho que to pedindo muito.
As pessoas tem que saber que tem níveis de AUTISMO,nem todos serão FORREST GUMP.
Cada um evolui ao seu tempo,e tem casos que alguns tem retardos e não terão a evolução esperada pelos pais.
O que devemos esperar de um filho AUTISTA? : NADA,apenas trabalhe com ele,ajude,procure tratamentos,médicos etc... mas não criem expectativas demais ,os ame assim como eles são.
Eles são capazes de grandes feitos,grandes coisas e trabalhados com tempo ,paciência e amor a coisa anda.
Mas o importante é ir com calma,para não se frustar,e outra nunca compare seu autista com o autista filho de sua amiga,eles são pessoas diferentes ,personalidades diferentes ,níveis diferentes de autismo.
Ame seu filho,acredite nele,valorize o que ele pode dar,se ele pode ler e escrever que máximo!!
se ele apenas de toca ,que máximo!!! é o que ele pode fazer.
Mas vamos sempre no caminho da vida real ,que tudo é passo a passo ,cada conquista é lenta,demorada e as vezes demorada,mas são conquistas!!
vejam como um autista vê o mundo a sua volta:
e gente isso aqui é AUTISMO SEVERO:

Quer conhecer o autismo? leia,converse com pais de autistas.
busque de fontes seguras.
O AUTISMO É UM MARAVILHOSO MUNDO SECRETO!!


Dia das Crianças no Center

Esse ano a festa foi muito legal no center center paulista as crianças dançaram e curtiram o palhaço e principalmente a sala que prepararam pra rolar uma verdadeira Balada!!
com jogo de luz e tudo mais^^
tudo estava maravilhoso^^
Khadija se divertiu muito!!!























toda a equipe do Center estão de parabéns!!!
foi maravilhoso.
O center é nossa segunda casa,nossa segunda família ,nosso porto seguro.




















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